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Restaurante Universitário e Biblioteca Comunitária da UFSCar permanecem fechados

13/09/2015 03h00 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Restaurante Universitário e Biblioteca Comunitária da UFSCar permanecem fechados

A greve dos servidores técnico-universitários da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) passou dos 100 dias. No último dia 20 de agosto, o Ministério Público Federal (MPF) determinou que o Restaurante Universitário e a Biblioteca Comunitária voltassem a funcionar em até 72 horas, o que não ocorreu. O representante do Sindicato dos Servidores (SintUFSCar), Sérgio Pinheiro Nunes, disse que a entidade não foi notificada pela Justiça. Os serviços estão paralisados desde maio, por conta da greve dos funcionários da instituição. O MPF pedia que a Fundação Universidade Federal de São Carlos (FUFSCar) e o seu reitor, Targino de Araújo Filho, adotassem as providências necessárias para a retomada dos serviços, sob pena de multa diária de R$ 200 mil e R$ 100 mil, respectivamente.
A ação do MPF pedia ainda que o SintUFSCar não criasse obstáculos ao adequado funcionamento dos locais. Ao longo do movimento grevista, o órgão sindical ameaçou implantar o “preço zero” ou “catraca livre” caso a universidade insistisse em manter o Restaurante Universitário aberto. Tal prática liberaria, à força, o usuário do pagamento das refeições, ocasionando prejuízo à adequada prestação do serviço.
Também pretendia que o sindicato fosse proibido de praticar atos que impeçam o adequado funcionamento do Restaurante Universitário e da Biblioteca Comunitária da UFSCar durante movimentos grevistas que venham a ser deflagrados na instituição de ensino.
“Nós tivemos conhecimento [da decisão do Ministério Público Federal] pela imprensa e não fomos notificados até o presente momento. Ficamos sabendo que a universidade foi notificada, mas não temos conhecimento das providências que serão tomadas. Acreditamos que essa decisão cabe à reitoria”, disse Nunes.
No entanto, uma nota divulgada pelo Blog da Reitoria da universidade contesta a informação do Sindicato. “É importante registrar também que a ação do MPF responsabiliza não apenas a Reitoria, mas também a pessoa do Reitor da Universidade – além do SinTUFSCar, seu Coordenador e Vice – pela garantia de abertura do Restaurante e da Biblioteca, sob pena de pagamento de multas diárias de R$ 200 mil para a Universidade e de R$ 100 mil para o Reitor caso a determinação não seja cumprida”, explicou.
A reitoria repudiou as ações do Comando Local de Greve que, segundo ele, teria “responsabilizado a reitoria pela ação do Ministério e nos acusa de falta de disponibilidade para a negociação e, assim, de responsabilidade pelos prejuízos causados à Instituição”.

NEGOCIAÇÃO

De acordo com a UFSCar, a reitoria tenta a negociação com o comando de greve. “Quando propusemos que o Restaurante atendesse apenas aos estudantes bolsistas, já que, sem dúvida, são os estudantes os maiores prejudicados pela paralisação das atividades, tivemos como resultado a ação denominada “catraca livre”, que impediu o controle de acesso ao Restaurante e, assim, obviamente impediu a continuidade de seu funcionamento. Posteriormente, a mesa de negociações proposta por esta Reitoria foi inesperadamente interrompida unilateralmente no dia 18 de junho pelo Comando de Greve”, ressaltou. No entanto, não conseguimos saber da universidade se a reitoria recebeu a recomendação do MPF para a reabertura do restaurante e da biblioteca.
Segundo o representante do SintUFSCar, na última quinta-feira, 10, houve uma reunião no Ministério do Planejamento, em Brasília, para tentar um consenso. O Comando Nacional de Greve apresentou 14 pontos de uma contraproposta, entre eles o índice de reajuste de 9,5% em 2016 e 5,5% em 2017. Uma resposta deve ser dada no dia 16 de setembro.

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